sábado, 27 de maio de 2006

RIO REPRESO

E esses seus doces favos estragados
Cujo vívido cheiro me prendia
Já não me prendem com o visgo dos teus braços
Nem me cobre com sua sombra esguia.

E a redobrada paixão que possuia
Com o desatino ela se fez avesso
E o sussuro virou lamento
E soterrou o meu pensamento.

Desperdiçado o sentimento
Que fez minguante o meu amor tão cheio
Meu olhar terno se fez mórbido
E fez terror sob meus anseios.

Trouxe a minha'lma guerra e tormento
E agora é seco o rio do meu peito
Armei barragem pra esse leito
E tudo nele ficou represo.


Diva Brito
19/06/2005
17:50