terça-feira, 31 de julho de 2007

ATENÇÃO:

Esse é o arquivão do meu blog: Devaneios Próprios.
Que continua com o mesmo endereço mas com cara nova.
Sintam-se em casa para vasculhar!

Diva Brito

:)

quinta-feira, 28 de junho de 2007

"...Isso de escolas é esquadria para medíocres. Só existe uma regra de escrita - a do escritor apoderar-se de sua língua e manejá-la de acordo com o seu individualismo sentir."

Órris Soares (comentário sobre a obra EU de Augusto dos Anjos)

NUDEZ

Aquele que não se despe
Ah...Se estarrece, se pasma
com a pureza da pele nua
A alma sendo lavada
Impulsos, Orgasmos
Desejos de expulsar,
De deixar esvair...
Ah...Pulsar...chorar,
E rir...F-A-L-A-R!
Quem não se desmancha,
Quem não se descobre,
Por vez não se exibe,
Não se despe e morre.

Diva Brito
26/06/2007

sábado, 16 de junho de 2007

A PAREDE

Alguns puxões de cabelo
O corpo lascivamente entregue
Ali, numa parede branca
Que não guardava a pureza da cor
A parede como leito,
Como cama do cenário
Testemunha muda de um enredo
De dois corpos se fundindo
Num ritual um tanto rápido.
Gotas pelo pescoço,
Gotas também pelas pernas
Gozo e dor, dor e suor.
Dois corpos pungindo a parede
Quando se contorciam em nós
Fôlego de bicho preso no cio
E a paixão se fazendo maior.

Diva Brito
18/04/2007

quarta-feira, 13 de junho de 2007

JAILTON ALVES - o meu diretor - ME ESCREVEU:

Queida Poeta!

Seus versos me lembram a minha sempre e eterna Clarice Lispector.
Parabéns pelos seus versos. São Profundos e gritam na minha alma.
Bejos.


* Desse jeito eu nem durmo mais - só vou ficar escrevendo!! rsrsrs

ROBERTA OLIVEIRA TAMBÉM ME DISSE:

Minha linda poetisa,

Palavras, me faltam
Carinho, me sobra
Merecimento, será?
Agradecimento, eterno...
Pela terna e surpreendente poesia.

Bjos no coração

segunda-feira, 11 de junho de 2007

NILTIM LOPES UM DIA DISSE...

Vc a grande diva
a granda dama
a senhora da roda
a ciranda encantada
Vc a lindeza do olhar sério
a dona das palavras
muito obrigado pelo encanto.

Em 18/06/06

e disse também:

Da menina que apareceu de repente um cheiro contente e uma vontade doce de que ela seja feliz. Pra moça que ilumina sempre um sorriso inocente e com gosto de pz. Pra bela garota de longe daqui, um beijo roubado e todas as comemorações de feliz aniversário...
Toda criatividade nessa vida!
Parabéns Diva

;*

domingo, 10 de junho de 2007

ME ACHEM, POR AQUI!

A poesia é o meu sangue!!!.

Porque SENDO EU, muitas vezes não estou em mim.
Diva Brito

Alguém mergulhada em palavras e construindo imagens.

http://devaneiosproprios.blogspot.com/
http://www.flogao.com.br/divabrito
http://www.fotolog.com/divabrito
http://divabrito.multiply.com/

sexta-feira, 8 de junho de 2007

RECORDAÇÃO

E sempre que possível
eu irei olhar no fundo dos seus olhos
e buscar aquele ar de menino
que nunca irá deixar de existir.
E sempre que puder
eu vou provocá-lo com besteiras nossas
com coisinhas que nos levam a infância
e tudo que nos faz tremer o coração
E sempre que puder eu vou dizer que amo,
amo de maneira tão pura, tão irmã
amo como quem não sabe,
mas tudo faz com que ache
que vem de Deus nossa união.
Sempre que eu puder, ou até mesmo que não possa
eu vou me manter viva, quietinha
numa gaveta do se coração
pra quando a vida não estiver rosa
você correr a mim a com emoção
e recuperar as forças na nossa
sempre eterna recordação.

Diva Brito
07/06/2007


(Poema inspirado em João Victor Araújo Andrade, Vidal.)

sábado, 19 de maio de 2007

CONTRAMÃO

Não invada minha contramão
Ignorando a contração.
Guarde em suas memórias
O que eu não sei fazer
O que eu não sei mais dizer
Ou repare, se ainda houver reparo
Cole, remende...ou melhor
Faça de novo, por conta própria
Se achar que vale a pena
Sem pena, com paixão.
Cadê o velho vulto novo e desconhecido?
Cadê o que não me visita mais não?
Olha eu não acordei de mal com o mundo,
Mas posso ser mal com todo mundo
Que não considerar minha emoção.
Começa, o tique-taque tá correndo
Dá pra você sair da contra-mão?

Diva Brito
14/05/2007

PEDIDO

Pedaços de mim,
eu em pedaços.
Sem se encaixar
como que por acidente,
ou por fatalidade.
Quem previa tal destino?
Quem vislumbrava essa solidão?
Razão? Essa anda viajando...
A razão manda pedir perdão,
mas não vai poder conciliar
Até que se dê a sua volta.
Esqueci de perguntar a data,
mas por favor D. Razão...
Não demora!

Diva Brito
14/05/2007

CAOS

A dor me descobriu
Metade de mim foi perdida
Tenho medos e anseios
Angústias e deseperos
Tenho as certezas e as dúvidas
Tenho um passaporte pro caos.

Dor nos ombros da morena dos olhos d'água.


Diva Brito
13/05/2007

sexta-feira, 18 de maio de 2007

MEU REVERSO


Uma menina, ou uma mulher?

Não sei. Sei que ela erra...

E muitas vezes parece errar?

Mas ela acerta!

Ela ignora, ela acredita,

Ela defende, ela hesita,

Ela cerca e invade,

beija com a mesma

intensidade com que bate.

Ela é passional? emocional?

Sonhadora ou radical?

Ela nem sabe viver...

Mas vive!


Diva Brito

Abril de 2007




sexta-feira, 9 de março de 2007


Eu me lembro que quando ainda era uma menina, eu já me intrigava com as diferenças entre os sexos. A forma com encaram a vida, a sua conduta, suas escolhas, e com lidam com suas emoções. De onde surgiu tantas diferenças? Talvez Darwin tenha uma explicação plausível pra isso, mas não convém ao presente discurso entrar em méritos bológicos. O interessante é que excetuando a homossexualidade (o que pra mim é totalmente natural), o homem e a mulher se completam e não há como negar. É como se Deus tivesse pegado uma bola e recortado ao meio, são duas metades, juntos se encaixam, formam o inteiro, o equilíbrio desequilibrado (rs), se é que vocês me entendem. Um sempre em busca de desvendar o outro (tarefa quase impossível), mas o exercício é o gostoso da coisa. Sempre haverão mistérios a serem desvendados na natureza oposta. E no fundo, pode ser isso o fator que mantém o encanto de um pelo outro. O fato de sempre existirem infindáveis labirintos dentro do outro para que possamos nos enveredar, nos perder e nos encontrar. Apesar dessa completabilidade, a mulher é, de fato, um ser muito mais complexo, devido a sua abstratividade e a peculiaridade de alguns sentimentos. Não as faz superiores, divinas, nem onipresente não, não me vejam como uma feminista, porque o feminismo é um ultraromantismo encubado. Entretanto, essa atmosfera mágica, essa áurea delicada é que garante a ela maiores estudos e pesquisas no que se refere a sua natureza e alma. A mulher encanta pelas suas diferenças tão iguais, no fundo cada uma delas tenta ser diferente das outras, mas esquecem que a essência feminina é uma só. Um ser capaz de amar de maneira tão intensa, que se doa, se entrega, se abnega, se resigna, se desespera, por tal amor, que a faz perder o domínio da própria consciência. Amar todos os homens amam, mas o amor de mãe é um amor com instinto, é um amor impensado, e ao mesmo tempo um amor sereno.
Capazes de sentirem tanta dor, e de resistirem as de cunho emocional e físico; capazes de serem tão sedutoras e tão fáceis de serem seduzidas; tantas vezes fonte de inspiração, as mulheres tem uma alma quase moldada para fazer a arte, elas mesmas.
Os homens bem sabem (com excessão dos que ainda não se tornaram homens de verdade), o mistério que se esconde em uma mulher.
Previsíveis? Não caiam nesse erro, você só é capaz de prever assim com tanta certeza as reações que já conhece. As que nunca foram despertadas, essas, você pode querer nunca saber.


Diva Brito
09/03/2007

domingo, 25 de fevereiro de 2007

BÁLSAMO OU VENENO?

Já viu isso?

Algumas pessoas procuram poesia como se procura um comprimido, com ingredientes específicos pra determinado tipo de sentimento.
Vi outro dia num fórum sobre Fernando Pessoa um dos participantes pedindo indicações de poema pra ele e especificava:

-Estou sofrendo por amor, desacreditado no amor e sem esperanças, que poema você me indica?

Parece que as pessoas buscam nos poemas e músicas em geral, uma espécie de bálsamo, ou quem sabe um veneno pra auxiliar no tratamento do amor ou da dor.
Estranho isso, porque não se vê por aí sujeitos entrando numa livraria e pedindo:

- Me vê um Álvares de Azevedo de 50mg pra um mal-amado inconformado!

Na verdade o poeta escreve a sua dor, o seu sentir, por que no fundo o poema é um vômito, um escarro, uma gofada, a sua transpiração. Do poema sai tudo que tá entranhado nele.
Mas já que vale tudo...

-Vê uma dose homeopática de inspiração! Se é que tem isso aí...

Já viu isso?

quarta-feira, 7 de fevereiro de 2007

NOTÍCIAS MUITO BOAS!!!!

Consegui minha primeira publicação.
Fruto de uma seleção no Concurso de Poesias do 2ºPrêmio Ebrahim Ramadan. Na página 63 do livro POESIAS BRASILEIRAS, vocês encontram o poema A menina e a poesia que eu fiz em homenagem a uma outra poetisa chamada Maíra Guedes. Esse poema você também encontra aqui no blog.

Abaixo está transcrito o texto que integra a presentação do livro:

Poesia é conhecimento, salvação, poder, abandono. Operação capaz de transformar o mundo, a atividade poética e revolucionária por natureza; exercício espiritual, é um método de libertação interior. A poesia revela este mundo, cria outro. Pão dos eleitos; alimento maldito. Isola; une. Convite à margem; regresso à terra natal. Inspiração, respiração, exercício muscular. Súplica ao vazio, diálogo com a ausência, é alimentada pelo tédio, pela angústia e pelo desespero. Oração, litania, epifania, presença. exorcismo, conjuro, magia. Sublimação, compreensão, condensação do inconsciente. Expressão histórica das raças, nações, classes. Nega a história: em seu seio resolvem-se todos os conflitos objetivos e o homem adquire, afinal, a consciência de ser algo mais que passagem. Experiência, sentimento, emoção, intuição, pensamento não-dirigido. Filha do acaso; fruto do cálculo. Arte de falar em forma superior; linguagem primitiva. Obediência ás regras; criação de outras. Imitação dos antigos, cópia do real, cópia de uma cópia de Idéia. Loucura, êxtase, logos. regresso à infância, coito, nostalgia do paraíso, do inferno, do limbo. Jogo, trabalho, atividade ascética. Confissão. Experiência inata. Visão, música, símbolo. Analogia: o poema é um caracol onde ressoa a música do mundo, e métricas e rima são apenas correpondências, ecos, de harmonia universal. Ensinamento, moral, exemplo, revelação, dança, diálogo, monólogo. Voz do povo, língua dos escolhidos, palavra do solitário. Pura e impura, sagrada e maldita, popular e minoritária, coletiva e pessoal, nua e vestida, falada, pintada, escrita, ostenta todas as faces, embora existe quem afirme que não tem nenhuma: o poema é uma máscara que oculta o vazio, bela prova da supérflua grandeza de toda obra humana.
Octavio Paz.
(tradução de Olga Savary)
Agradeço essa vitória à Deus pela inspiração, à meus amigos escritores, atores, músicos, jornalistas, que acompanham e incentivam meu trabalho, e ao meu namorado que será eternamente o meu "muso".

quinta-feira, 25 de janeiro de 2007

Ela surge com saia rodada,
e com a cigana presa nas mãos.
Será que as paredes que prendem-na,
não são as do seu coração?

Diva Brito
25/01/2007

Alguém me traga um copo por favor,
que hoje eu tenho sede.
Alguém me toque um blues
que eu vou dormir na rede
porque pro o meu tédio,
vem como remédio.

Diva Brito
28/01/2007

quarta-feira, 17 de janeiro de 2007

A DESCOBERTA DO AMOR

Foi num istante,
Subitamente,
Num piscar de olhos,
foi de repente,
Assim que ele virou-se
pra retornar ao mundo lá fora
que a moça então atentou-se
que era o amor batendo na porta.
A moça que não nunca fora boba,
apesar de ser muito chorosa,
como num passe de mágica
virou moça corajosa,
e disse pra que que não fosse:
-Te prometo uma cama de rosas,
um jardim e um amor sem dores,
gostoso como doce em compota.
E o moço com tal atitude
disse com ares de quem ama:
-Moça, nem que quissesses,
abriria mão dessa dama!
O FIM da história não existe,
mas o futuro é fácil prever:
Que a partir deste dia,
a moça e o cavalheiro,
só juntos saberiam viver!


Diva Brito
17/01/2007

segunda-feira, 8 de janeiro de 2007

Venha, entre.
mas peça licença
quando for me dizer
de gostos amargos,
de dores no peito,
de lágrimas caídas,
ou de coisa ruim.
não é que eu não vá lhe ouvir
mas, só posso te dizer
que quando eu fico assim
niguém por mim pode fazer
Às vezes eu peço colo
mas só acho meu travesseiro.
Às vezes o seu consolo
Você acha diante do espelho.


Diva Brito
08/01/2007

domingo, 7 de janeiro de 2007

Disfarce

Sabe ser o último a ouvir?
Finge, e sempre resurge a dizer
A última palavra, última opinião.
Ego inflado? Por que não?
Ou ser acuado, com medo de não emergir
Receio de não ser notado, citado, admirado.
Ou orgulho e pretensão, não importa
Da boca sempre surge um "não".
Ar de certeza, de dominação
"Esquece o que você acredita,
porque não é nada disso não"
Disseminando menosprezo.
Porque só de si sai a razão?
Disfarce pra quem vive
Sem humildade no coração.


Diva Brito
07/01/2007

quinta-feira, 14 de dezembro de 2006

Vem e me descobre que o que me cobre é gelo,
vem que eu te ensino como me esquentar.

Diva Brito
10/12/2006


Um feiche de luz do velho candieiro
veio, pra minha sorte, alumiar seu olhar
cegou os meus olhos toda aquela beleza
que dentro deles pude enxergar
vi neles a certeza de "a que veio"
e que o meu sentimento fez despertar.
Depois da visão quero todos os beijos.
Quero tudo que neles eu pude avistar.

Diva Brito
10/12/2006

quarta-feira, 13 de dezembro de 2006

CONTO

Eu espero de pé ele descer a escada. De pé eu consigo um ângulo melhor de visão, consigo observar e definir a proporção do impacto que ele causa no meu corpo quando eu o vislumbro ainda que à distância. Eu não sei dizer porque, mas mesmo sabendo da vulnerabilidade adquirida desde que ele entrou no meu caminho, ainda assim me lanço de maneira suicida na história que existe entre nós. Gosto de ver seu peito inflar quando ele respira fundo e quando expira ele quase suspira, a dança que seu corpo faz quando ele anda e posso sentir a sua pisada forte. Gosto do jeito que ele para e coloca a mão na cabeça quando está cansado ou preocupado, da expressão séria que ele faz quando está concentrado e algo, gosto do jeito que ele coça a barba quando está só pensando, gosto dessa masculinidade que ele tem, e da sexualidade que ele exala.
Nele eu gosto até quando é implicante, quando fica se exibindo, tentando mostrar que sabe mais ou que está certo.
Eu não consigo descrever por inteiro a reação do meu corpo no exato instante que ele surge no alto da escada com a cara de quem é sério e muito comportado. Sem sorrisos, sem expressão amigável ou cordial. Mas aquilo não é suficiente pra me intimidar. Mesmo com o corpo todo resfriado, por uma espécie de ar condicionado que é ativado dentro de mim e me dá aquela famosa sensação de “frio na barriga”, eu consigo soltar no canto dos meus lábios um sorriso sarcástico. Porque afinal, eu sei que aquela cara fechada é só uma fachada. Meu corpo todo treme, eu nem me atrevo a esticar a mão pra pegar algo leve, pra não me denunciar pelas mãos tremendo. Meus batimentos cardíacos estão acelerados, nem sei quanto, mas estão muito acelerados. Eu gosto dessa sensação de adrenalina de quando ele está por perto. Acho que se aproxima das sensações de medo e da paixão. Mas eu não sou apaixonada por ele, tenho plena consciência também que é algo que vai além do puro tesão. Não é algo que envolva só a carne ou só a emoção, mas nem por isso se aproxima do amor.
Não vou me alongar tentando descrever uma coisa que ninguém até hoje nunca me conceituou.
Pois então, ele desceu, passou por mim sem manifestar nenhum cumprimento, caminhou pela sala e sentou-se na poltrona que ficava de costas pra uma janela grande de vidro. Tirou da caixinha que ficava na mesinha ao lado da poltrona, um charuto e o cortador e um isqueiro de prata. Ele cortou a ponta do charuto e o acendeu. Eu permaneci ali, parada acompanhando com os olhos os mínimos movimentos daquele homem que aparentava não ter só os 40 anos que ele realmente tinha. Ele parecia levar consigo pelo menos dois séculos de vida, mas ainda assim, mesmo com toda essa experiência nos ombros, não sabia disfarçar completamente seu interesse por uma garotinha de 17 anos. Eu decidi então sentar na poltrona que ficava de frente pra dele, e continuei comendo seus movimentos com os olhos famintos de conhecer o outro lado daquele homem de olhos da cor de ouro velho. Em pouco tempo ele se incomodou com a minha atitude e buscou um jornal pra fugir dos meus olhos. Eu fui até ele, andando e balançando o meu rabo de cavalo preso no topo da cabeça e o vestidinho branco de algodão, que só não escorregava pelo meu corpo por que duas alçinhas bem finas o prendia por um laçinho na altura dos ombros. Parei na frente dele, arranquei o jornal e olhei dentro dos olhos e o estendi a mão. Vi nos fundo dos olhos dele, ele despencar daquela postura de inabalável e se desmontar aquela fortaleza. Por um segundo senti que ele seguraria minha mão, mas ele lutava resistentemente contra o desejo dentro dele. A máscara havia caído. Ele não precisava ter segurado minha mão pra eu saber que ele me quer, bastou os olhos dele me contarem, os músculos dele se contraírem, bastou a inevitável expressão de quem está tentado, pra ele deixar escapar o homem sem casca que me desejava cada vez que eu surgia pela casa em suas madrugadas insones. Tudo bem que eu sinto tudo ao mesmo tempo, frio calor, tesão, medo. Eu nunca disfarcei. Ele não, ele sentia muito mais, ele sentia raiva de si mesmo por não se permitir a entrega. E saber disso me colocou no domínio. Agora eu sei o que ele sente, e a forma com que sente. Agora eu dou as cartas, e eu faço as regras.


Diva Brito
13/12/2006

quarta-feira, 6 de dezembro de 2006

O amor burro é cego por opção.
Insiste em bater de testa,
e não querer enxergar a totalidade das coisas.
O amor "safo" é aquele que enxerga, mas finge que não.


Diva Brito
06/12/2006

quarta-feira, 29 de novembro de 2006

Ah...quem flor de mim?
Se eu desmaio ou, abrupta,
Cuspo os espinhos que engoli?
Inatas, intactas,
são farpas de mim
insípiando o produto meu
que não fiz, não produzi.
Fecho a caixas de cenas
que roubavam risos
Ergo a lança que atravessa-me
e grito o medo de viver morta assim.


Diva Brito
21/10/2006

INVASÃO

Deixe me ferir-te com meus beijos
Romper essas visões que mira sem querer
Permita que eu posso invadir você
Derrubar as cercas dos seus pensamentos avulsos
Penetrar em cada viés de ti.
Ah...me deixa ficara qui afogada na sua boca
Morrendo subitamente no prazer do teu sexo.
Esqueça-me aqui, pois tua alma é tudo que eu quero.

Diva Brito
09/11/2006

quinta-feira, 23 de novembro de 2006

DIVINO LIRISMO

Escreve Diva!
Escreve pra mim,
Quem pede não sou eu...
É a minha inspiração!
É a minha fome de versos...
É a combinação da vida minha com suas palavras
Perfeitamente bem colocadas!
Escreve Diva...
Tu que és literalmente a Diva!
Porque cada frase tão bem elaborada
Fica rodopiando em minha mente,
e vai tomando meu corpo como um vírus...
Então escreve pra mim...
(implora minha inspiração)
Escreve que assim eu renasço com emoção!

Milena Palladino
12/09/2006

terça-feira, 21 de novembro de 2006

Ela inventou a alegria
E me apresentou a euforia
Foi ela, a dona da festa
A menina que brilha
Acompanhada de tudo
Que é seu e resplandece.
Ela tem toda graça
E o poder de fazer,
por si só, seu carnaval.
Ali, na praia, na chuva, na praça,
Derrama sorrisos por onde passa,
E assim do seu lado,
o mundo não é nada mal.
Vem ela, a dona da festa
E fica pra sempre em minha história.
Vem ela, e traz sua invenção,
E laça de vez o meu coração.

Diva Brito
21/11/2006

(Inspirado em Aiana Fiterman)

sexta-feira, 17 de novembro de 2006

Chega de ter medo de perde o chão,
de "pular de pára-quedas no escuro".
A sensação de plenitude de sentir os dedos,
me contornando esta boca tão só sua,
e sua voz me repetindo o mantra
que aconchega e sossega minha alma.
Ali, eu, sedenta de dias vividos ao teu lado,
tento eternizar os seus beijos e seu sorriso,
não duvidar dessa paz, e me permitir.


Diva Brito
17/11/2006