segunda-feira, 8 de maio de 2006

Carta de Desamor

Eu que por muito tempo
Estive a guardar para ti
Meus versos, meus delírios,
Meus sonhos, e meus desejos.
Eu que te dei de bandeja
Meu coração e tudo
Que havia dentro dele.
Eu que amei de forma
Às vezes egoísta,
Às vezes resignada,
Que suportei sua inércia,
Que aturei outras mulheres.
Eu que te amei de forma visceral
Que te quis como mãe
E como mulher,
Que fingia lutar contra
Todo aquele sentimento
Quando na verdade
Regava-o bem discretamente
Pra que suas raízes
Não me permitissem
Te esquecer
Hoje, dia em que realmente
Posso considerar extinto
E superado esse sentimento desgraçado!
Venho te comunicar que tudo
Que um dia senti
Não sei onde foi parar.

Diva Brito17/03/2006