quarta-feira, 29 de novembro de 2006

Ah...quem flor de mim?
Se eu desmaio ou, abrupta,
Cuspo os espinhos que engoli?
Inatas, intactas,
são farpas de mim
insípiando o produto meu
que não fiz, não produzi.
Fecho a caixas de cenas
que roubavam risos
Ergo a lança que atravessa-me
e grito o medo de viver morta assim.


Diva Brito
21/10/2006

INVASÃO

Deixe me ferir-te com meus beijos
Romper essas visões que mira sem querer
Permita que eu posso invadir você
Derrubar as cercas dos seus pensamentos avulsos
Penetrar em cada viés de ti.
Ah...me deixa ficara qui afogada na sua boca
Morrendo subitamente no prazer do teu sexo.
Esqueça-me aqui, pois tua alma é tudo que eu quero.

Diva Brito
09/11/2006

quinta-feira, 23 de novembro de 2006

DIVINO LIRISMO

Escreve Diva!
Escreve pra mim,
Quem pede não sou eu...
É a minha inspiração!
É a minha fome de versos...
É a combinação da vida minha com suas palavras
Perfeitamente bem colocadas!
Escreve Diva...
Tu que és literalmente a Diva!
Porque cada frase tão bem elaborada
Fica rodopiando em minha mente,
e vai tomando meu corpo como um vírus...
Então escreve pra mim...
(implora minha inspiração)
Escreve que assim eu renasço com emoção!

Milena Palladino
12/09/2006

terça-feira, 21 de novembro de 2006

Ela inventou a alegria
E me apresentou a euforia
Foi ela, a dona da festa
A menina que brilha
Acompanhada de tudo
Que é seu e resplandece.
Ela tem toda graça
E o poder de fazer,
por si só, seu carnaval.
Ali, na praia, na chuva, na praça,
Derrama sorrisos por onde passa,
E assim do seu lado,
o mundo não é nada mal.
Vem ela, a dona da festa
E fica pra sempre em minha história.
Vem ela, e traz sua invenção,
E laça de vez o meu coração.

Diva Brito
21/11/2006

(Inspirado em Aiana Fiterman)

sexta-feira, 17 de novembro de 2006

Chega de ter medo de perde o chão,
de "pular de pára-quedas no escuro".
A sensação de plenitude de sentir os dedos,
me contornando esta boca tão só sua,
e sua voz me repetindo o mantra
que aconchega e sossega minha alma.
Ali, eu, sedenta de dias vividos ao teu lado,
tento eternizar os seus beijos e seu sorriso,
não duvidar dessa paz, e me permitir.


Diva Brito
17/11/2006

quarta-feira, 15 de novembro de 2006

O EFEITO DO PRIMEIRO SOU

Eu sou a marca da minha violência
A arrogância da minha exigência
A imperfeição da minha criação
Mas também fico a ser outras coisas
A cadência do som que me invade
A liberdade que existe na arte
A loucura do poeta que é ator
Sou agora o que antes não seria
Nem que quisesse, nem que gritasse
Nem sob ordem, teimosia ou chororô.
Sou agora porque me encontraste
E sob tanta pedra me enxergaste.
Eis o efeito do primeiro sou.

Diva Brito
13/11/2006

quinta-feira, 9 de novembro de 2006

Tenho medo das coisas
Que sinto e ainda não conheço
Daquilo que eu sempre disse
“Isso nunca farei”
Tenho medo das situações
Nunca vividas antes
E que descortinam uma mulher
Uma louca que eu não sei
Mas sou eu.
Tenho vergonha da passionalidade
Que me arrouba de forma pulsante
Latente e ardente
Tenho medo do que faço com os dentes
Se te mordo, te bato, te beijo,
Roubo-te a razão.
Tenho medo de um dia conhecer o "não"
Não, não me reconheço diante o espelho.
Não é o que eu me permiti, vai além.
E quem fala agora a vós... Quem?
Uma louca, às vezes rouca.
Solta e veloz
Que corre dessa sombra desconhecida
Que me revela a ferida que
Um dia fechara com nós.

Diva Brito
06/11/2006

segunda-feira, 6 de novembro de 2006

Hombridade cor de jucu
vê como contempla esperançoso
a sobretarde de um céu azul?
Espia como não mais se esconde...
Descascou de si medos e temores
E com vontade ressuscitadora,
fez escoar o que não lhe cabia mais.
De si já emerge uma leveza sinfônica,
que agora ecoa pelos seus lábios.
Lábios esses que buscam seus pares.
Com desejo veemente destes encontrar.
Faz-se explícito suas todas virtudes,
e seus admiráveis e raros valores,
que assim brotaram diante das dores
que o imundo mundo quis lhe presentear.
Ai, dos simples mortais que não sabem
que na verdade ainda nem cabem,
tanta evolução em si semear.

Diva Brito
19/10/2006

(inspirado em Marcelo Xavier)

sábado, 4 de novembro de 2006

Quinta-feira à tarde descobrem o corpo de uma jovem no quarto do seu apartamento. Na cama, ela enrrolada num lençol ensanguentado e com uma facada na nuca. Ao lado do corpo, um ramalhete de flores e uma carta de amor. Um jovem escreveu aquela carta de despedida e levou para a ex-namorada as flores. Na carta trechos onde ele dizia que se ela não fosse dele não seria de mais ninguém. Ele dizia que a amava.As pessoas, em sua maioria, não amam. Deturpam o sentido do sentimento AMOR quando em vão, pronunciam EU TE AMO. O verdadeiro amor aceita os outros, mas não se submete; o verdadeiro amor não é munido de posse, portanto, não se enciúma; o verdadeiro amor não depende, vincula. Amar não é difícil. Difícil é desassociá-lo dos vícios humanos. No fundo, todo mundo tem a capacidade de amar. Basta não entorpecer o AMOR. Quem ama cuida, mas não faz no lugar do outro.Amar não é ter pra você, é ter com vc. O amor é cheio de paz, confiança e amizade. O amor não esconde, nem mente. O amor acima de tudo NÃO MATA.
Diva Brito
02/06/2005
23:52 hs