Oi inspiração,
Vem assim tomar de volta esse corpo seu
Vem que estar em mim é não haver adeus
É ter de volta incorporada a minha coragem
É saber que as peças se encaixam quase que sozinhas
Vem inspiração, em mim, e me toma todinha
Me usar, cuspir, a pressa é toda minha
Vem como um arrepio que assusta, mas dá prazer
Vem e preciosa pra aliviar meu coração
Botar pra fora assim tanta emoção
Pra eu falar do amor que me invade.
Vem me fazer baile de versos de luz
Espalhar mágica e sonhar que fui
Morar na ilha da fascinação.
Vem,
Não é tão fácil esse vazio em mim
Sem ter você não dá pra fingir
Que sou feliz sem você na cidade
Diva Brito
30/05/2006
terça-feira, 30 de maio de 2006
Divaneado por Diva Brito às 16:21
segunda-feira, 29 de maio de 2006
SATUREI
Eu cansei de jogos de sedução, detesto situações previsíveis. Tudo o que se tem montado é vazio, com propósito e cheio de intenções, mas, sem o inesperado, sem o surpreendente. Eu não sei bem porque as coisas são tão certas, acontecem sempre num roteiro, numa seqüência, numa ordem ridícula. Busco o que ainda não sei. Como se algo que eu ainda não sei o que é, fosse surgir a qualquer instante e me desequilibrar em um piscar de olhos.
Não, eu não cansei de seduzir. Mas, é que sedução é quase um estado de espírito, eu cansei foi do jogo, daquela previsibilidade. Mil vezes pular de pára-quedas a noite do que contar até cinco e saber o que vai ouvir. Ter certeza das ações que virão, das falas.
Essas coisas que crescem com a gente, toda essa ordem de ações, toda essa mesmice convencional de cada dia. São tantos costumes, hábitos e receitas pra se amar... Que cansei de fingir que não esperava, de mentir quer não sabia e me enganar de satisfeita e feliz. Quando na verdade sem abrir os olhos, sei aonde vai tocar qual a ordem das frases, quais serão as repetições, os pontos em comuns que já ganham de fábrica.
Diva Brito
2005
Divaneado por Diva Brito às 01:16
sábado, 27 de maio de 2006
RIO REPRESO
E esses seus doces favos estragados
Cujo vívido cheiro me prendia
Já não me prendem com o visgo dos teus braços
Nem me cobre com sua sombra esguia.
E a redobrada paixão que possuia
Com o desatino ela se fez avesso
E o sussuro virou lamento
E soterrou o meu pensamento.
Desperdiçado o sentimento
Que fez minguante o meu amor tão cheio
Meu olhar terno se fez mórbido
E fez terror sob meus anseios.
Trouxe a minha'lma guerra e tormento
E agora é seco o rio do meu peito
Armei barragem pra esse leito
E tudo nele ficou represo.
Diva Brito
19/06/2005
17:50
Divaneado por Diva Brito às 17:53
sexta-feira, 26 de maio de 2006
A GINGA
Você aparece malemolente
Eu me encanto e desejo
Essa foi a ordem dos fatores
A sucessão dos acontecimentosa
Daí surgiu os beijos e as mãos
E a vontade novamente
Sem me prender ou me entregar
E sem jamais acreditar
Foi a sua ginga, seu corpo solto
E seu coração sem dono
Que me seduziram
Cabelo em você todo enrrolado
Inspiração do pecado
Sem compromisso,sem porto
Foi isso que eu vi, e então
Desejei a insegurança
Confesso ter sido este o encanto
Mas você partiu e eu imaginei
Fora um passado gostoso
O provocante virou lembrança
E tu retornas pra me dizer
Tomas meu coração embrulhado
E fazes o que deves fazer?
Não me deleges esse cuidado
De resgatar do passado
Um sentimento esquecido
De me fazer reviver
O que eu tinha certeza
Que já tivesse morrido.
Diva Brito
05/2006
Divaneado por Diva Brito às 20:06
quarta-feira, 24 de maio de 2006
Divaneado por Diva Brito às 14:13
FILHO AMADO
Amo o filho que nasce em mim
Amo o filho que nem sei se é meu
Amo o filho mesmo que filho não seja
Amo, e o amor de filho mata a saudade
Amo-o pois, ser filho não há quem mude
Amo e mesmo que um dia o amor acabe
Amo esse filho que é amado na eternidade
Amo, e amarei incerta de ser amor ou infinitude
Diva Brito
23/05/2006
20:00 hs
Divaneado por Diva Brito às 00:03
terça-feira, 23 de maio de 2006
INTENSIDADE
Eu nunca fui de talvez, pode ser ou às vezes
Sempre detestei imparcialidade
Nasci pra Intensidade, pra amar ou odiar.
(Indiferença só pra quem não faz diferença)
Pra momentos e épocas,
Geralmente curtas e marcantes.
Lembranças fortes.
Fazer o quê, se as coisas na minha vida
acontecem pra serem breves?
Breves, fortes, inesquecíveis.
Cada uma com seu grau de importância,
mas, todas com importância.
Eu não desisti de tentar viver longas histórias,
inclusive atualmente eu venho tentando.
Vida longa, momentos curtos,
lembranças sempre vivas.
Lembro de algumas fases com tanta nitidez,
de algumas com um pouco de saudades,
de outras nenhum pouco.
Pra resumir....
eu por mim....
Impulso,Intensidade,
Paixão,Intensidade,
sonho,Intensidade,
Desejo,Intensidade...
E por aqui me fico.
E só.
Diva Brito
(2005)
Divaneado por Diva Brito às 12:46
quarta-feira, 17 de maio de 2006
TUA BOCA
Esquece o que tua boca diz
Ela mente
Mente porque na verdade,
Nem conhece e a verdade
Vai ver tua boca sente,
Mas nem sabe
Esquece o que tua boca diz
Ela finge.
Finge não sei o porquê.
Talvez por medo de saber
Ou teimosia.
E desse jeito ela foge
Não sei porque foge
Foge de tudo
O que diz seu coração.
Diva Brito
24/09/2001
19:10 hs
Divaneado por Diva Brito às 01:18
domingo, 14 de maio de 2006
ESCREVENDO
Cabeça desassossegada,
Muitas letras, muitas palavras,
Muito anseio em traduzir,
As sensações que “isso” traz.
Caramba, eu quero dormir,
Mas elas não param de gritar.
Palavras puxam meu lençol,
Com pressa em se ordenar,
Levanto, tropeço em algumas
E deixo a caneta dançar.
Pronto, já chega por hoje,
Eu já me cansei de escrever.
Mas as palavras insistem,
Em não me deixar adormecer.
Diva Brito
08/05/2006
Divaneado por Diva Brito às 23:43
A ILUSÃO DE DORA
Dora, tola, burra e imbecil
Se encadeou numa história infantil
Dora, que adora se iludir
Se atolou e não pode mais fugir
Ô Dora, sua vida é uma casa
Fundada na areia da praia
Que todo outono vai e desaba
E você no verão levanta de volta
Ô dora, esse amor é uma farsa
É no fundo um teatro, Dora.
E na vida você só tem de graça
Comédia, drama e história.
Diva Brito
13/05/2006
Divaneado por Diva Brito às 18:18
PRA REFORMULAR
Invoco a noite pra que ela traga a tona
Os pensamentos sem sentido
À minha triste alma desregrada
E realizar minha condução ao nada.
Ah! Então que venha a noite
E que seu mistério me vincule
E a lua revele em face iluminada
Aquelas coisas que escondo em mim.
Minguando árduo o e crescendo o terno
Venha cheia de faces oferecendo novo prazer.
O meu rio interno então corre em desatino
Eu expulso o meu silêncio temperado.
Aí finjo uma parte, a outra assumo.
As cores que eu não via, algumas descubro.
Ganho poetas mortos e acordes renovados.
Antes aquela angústia, aquele medo fosse inútil.
E que tudo que me inspira agora seja real.
Essa eterna falta de chão é meu cisco no olho
Mas, já ta mais do que na hora de eu me dizer sim
Pois tenho a certeza de ter sempre a noite pra me socorrer.
Que o outono traga as minhas escolhas
Um confortável choro de vitória,
Que faça das minhas muralhas apenas degraus,
E transforme meus anseios num rio calmo.
Já que minhas dores massageiam meu coração.
Diva Brito
20/04/2006
12:15 hs
Divaneado por Diva Brito às 02:56
sexta-feira, 12 de maio de 2006
Divaneado por Diva Brito às 00:09
quarta-feira, 10 de maio de 2006
SAUDADE DO QUE NÃO TIVE
Lá fora tudo grita agora
E mesmo assim eu te chamo
Teus olhos olham pra outros
E eu reclamo sozinha
O meu desejo esses dias estoura
E eu tô pensando em ficar quietinha
Nesse momento eu sinto falta
De ter você ligado na minha
Curtir palavras cantadas com brisa
E ver teus olhos avançarem o mar
E mesmo diante de toda essa vista
Ouvir-te dizer que não partirá
Que vai deitar na areia comigo
Contar-me um segredo no pé-do-ouvido
E depois de tudo me amar no mar
Diva Brito
08/03/2006
Divaneado por Diva Brito às 17:03
terça-feira, 9 de maio de 2006
A MEU MODO
Fica no céu do teu sorriso
O deleite com que eu sonho
Levo sua voz de poesia
Ao meu sonho tristonho
Transforma meu céu nublado
Em um domingo de sol
São soltas as suas palavras
Que me prendem em seu anzol
São tempos intermináveis
Os que terei ao seu lado
Durante as madrugadas
Em que terás me visitado
Oh! Doce criatura,
Que surge então no meu quarto
Um dia copio o sonho
E ignoro o destino ingrato
Que brinca com os meus “ais”
E faz do sonho tormento
Viajo, desmancho seus laços,
E impero em seus pensamentos
Acolho você no meu peito
Velando teu sono ao meu lado
Noite dessas, assim, eu acordo
E traço o destino ao meu modo.
Diva Brito
02/04/2006
Divaneado por Diva Brito às 16:55
segunda-feira, 8 de maio de 2006
Entediando
Essa cara de sempre me cansa
Prevê-se até o que deveria ser surpresa
Eu queria mesmo era quebrar pratos
Pra alimentar minha rebeldia
Que nasceu comigo.
Mas fico nostálgica,
Porque a rebeldia me deixou
Foi passear por aí,
Num coração pulsante
E o meu - vazio - sente falta.
Pois tudo isso me fazia sentir
O calor do sangue pulsando nas veias
E de poder respirar a brisa fria
Que me fortalece como um todo.
Diva Brito
07/05/2005
23:11 hs
Divaneado por Diva Brito às 23:37
Como eu ia dizendo...
tenho sentido medo de viver um amor de novela.
Quero viver um amor de cinema.
Onde o mocinho não tem meses e meses pra machucar a mocinha.
Divaneado por Diva Brito às 17:10
Carta de Desamor
Eu que por muito tempo
Estive a guardar para ti
Meus versos, meus delírios,
Meus sonhos, e meus desejos.
Eu que te dei de bandeja
Meu coração e tudo
Que havia dentro dele.
Eu que amei de forma
Às vezes egoísta,
Às vezes resignada,
Que suportei sua inércia,
Que aturei outras mulheres.
Eu que te amei de forma visceral
Que te quis como mãe
E como mulher,
Que fingia lutar contra
Todo aquele sentimento
Quando na verdade
Regava-o bem discretamente
Pra que suas raízes
Não me permitissem
Te esquecer
Hoje, dia em que realmente
Posso considerar extinto
E superado esse sentimento desgraçado!
Venho te comunicar que tudo
Que um dia senti
Não sei onde foi parar.
Diva Brito17/03/2006
Divaneado por Diva Brito às 14:19
domingo, 7 de maio de 2006
História que dói no fim
Hoje eu escuto vozes
Que bagunçam meus pensamentos
Será o som dos seus risos
Ou o barulho dos ventos?
Brincando com o que imagino,
Trazendo-me um aviso
O vento que sopra forte
Fala-me do precipício.
Que a alma mesma procura
E do risco que a mim pretendo
Pois não importa se foges
Desses meus – então - desatinos
Sou eu quem procura o bosque
Onde acharei teus espinhos.
Diva Brito
02/04/2006
Divaneado por Diva Brito às 21:35
sábado, 6 de maio de 2006
A menina e a poesia
Menina solta
De meninices envolventes
Capim roçando nas pernas
Abstratividade e graça
Garra. De leoa enjaulada
Com a coragem dentro de si.
Coragem de desfiar o tempo
E correr pela mata
Pra dar tempo de viver tudo.
Menina destemida!
Será que não sabe que viver mata?
Isso pode ser dom ou artifício
Ser de nascença ou ser vício.
A menina solta se solta
E dança bonito com o vento
Mas também canta com a água
O seu en canto o medo apaga
Ela se faz mulher ou moça
De acordo com o que se pede
E de repente como num risco
A moça surge breve
A poesia pode morrer com ela
Ou ela pode morrer com a poesia
Um dia elas se casam
E a menina então desacelera
O tempo corre mais que ela
E a estória fica assim
Era uma vez, um dia,
A moça solta e a poesia
Matando as horas na janela.
Diva Brito
06/05
09:00 hs
* inspirado em Maíra Guedes
(Menina bem-te-vi)
Divaneado por Diva Brito às 18:02
Minha crônica
Diva Brito
(2005)
Divaneado por Diva Brito às 11:29
Seu palco
É tudo falso
Desde o seu "te amo"
Até o "pensei em você"
É tudo montado
Pra ter o que quer
Pra conseguir o que quer.
É ensaiado, é cenográfico.
Até o seu abraço, suas frases,
Comentários,seu "alô!"
É também falso.
E mesmo assim, eu nem sei
O que dá em mim,
Que não te cuspo,
Nem te apago.
Mas isso pode mudar,
Se eu virar a mesa tudo muda.
E de repente, amanhã
Eu possa estrear.
Aí você senta e assiste,
Porque o show não pode parar.
Diva Brito
04/09/2005
Divaneado por Diva Brito às 00:05
sexta-feira, 5 de maio de 2006
Meu medo
Como se todo terror viesse de fora.
Mas ele começa no calor do meu peito,
Cresce no meu consciente e me coage.
Antes você não estivesse no meu medo,
Nesse pavor que me sufoca.
Envelheci um século
Por conta desse derrame,
Dessa sobra que não se esvai.
Não quero perder nem esquecer esse terror,
Corro o risco de encontrá-lo mais tarde.
Quero matá-lo.
Diva Brito
09/06/2005
21:44:
Divaneado por Diva Brito às 23:55