quinta-feira, 25 de janeiro de 2007

Ela surge com saia rodada,
e com a cigana presa nas mãos.
Será que as paredes que prendem-na,
não são as do seu coração?

Diva Brito
25/01/2007

Alguém me traga um copo por favor,
que hoje eu tenho sede.
Alguém me toque um blues
que eu vou dormir na rede
porque pro o meu tédio,
vem como remédio.

Diva Brito
28/01/2007

quarta-feira, 17 de janeiro de 2007

A DESCOBERTA DO AMOR

Foi num istante,
Subitamente,
Num piscar de olhos,
foi de repente,
Assim que ele virou-se
pra retornar ao mundo lá fora
que a moça então atentou-se
que era o amor batendo na porta.
A moça que não nunca fora boba,
apesar de ser muito chorosa,
como num passe de mágica
virou moça corajosa,
e disse pra que que não fosse:
-Te prometo uma cama de rosas,
um jardim e um amor sem dores,
gostoso como doce em compota.
E o moço com tal atitude
disse com ares de quem ama:
-Moça, nem que quissesses,
abriria mão dessa dama!
O FIM da história não existe,
mas o futuro é fácil prever:
Que a partir deste dia,
a moça e o cavalheiro,
só juntos saberiam viver!


Diva Brito
17/01/2007

segunda-feira, 8 de janeiro de 2007

Venha, entre.
mas peça licença
quando for me dizer
de gostos amargos,
de dores no peito,
de lágrimas caídas,
ou de coisa ruim.
não é que eu não vá lhe ouvir
mas, só posso te dizer
que quando eu fico assim
niguém por mim pode fazer
Às vezes eu peço colo
mas só acho meu travesseiro.
Às vezes o seu consolo
Você acha diante do espelho.


Diva Brito
08/01/2007

domingo, 7 de janeiro de 2007

Disfarce

Sabe ser o último a ouvir?
Finge, e sempre resurge a dizer
A última palavra, última opinião.
Ego inflado? Por que não?
Ou ser acuado, com medo de não emergir
Receio de não ser notado, citado, admirado.
Ou orgulho e pretensão, não importa
Da boca sempre surge um "não".
Ar de certeza, de dominação
"Esquece o que você acredita,
porque não é nada disso não"
Disseminando menosprezo.
Porque só de si sai a razão?
Disfarce pra quem vive
Sem humildade no coração.


Diva Brito
07/01/2007