sexta-feira, 9 de março de 2007


Eu me lembro que quando ainda era uma menina, eu já me intrigava com as diferenças entre os sexos. A forma com encaram a vida, a sua conduta, suas escolhas, e com lidam com suas emoções. De onde surgiu tantas diferenças? Talvez Darwin tenha uma explicação plausível pra isso, mas não convém ao presente discurso entrar em méritos bológicos. O interessante é que excetuando a homossexualidade (o que pra mim é totalmente natural), o homem e a mulher se completam e não há como negar. É como se Deus tivesse pegado uma bola e recortado ao meio, são duas metades, juntos se encaixam, formam o inteiro, o equilíbrio desequilibrado (rs), se é que vocês me entendem. Um sempre em busca de desvendar o outro (tarefa quase impossível), mas o exercício é o gostoso da coisa. Sempre haverão mistérios a serem desvendados na natureza oposta. E no fundo, pode ser isso o fator que mantém o encanto de um pelo outro. O fato de sempre existirem infindáveis labirintos dentro do outro para que possamos nos enveredar, nos perder e nos encontrar. Apesar dessa completabilidade, a mulher é, de fato, um ser muito mais complexo, devido a sua abstratividade e a peculiaridade de alguns sentimentos. Não as faz superiores, divinas, nem onipresente não, não me vejam como uma feminista, porque o feminismo é um ultraromantismo encubado. Entretanto, essa atmosfera mágica, essa áurea delicada é que garante a ela maiores estudos e pesquisas no que se refere a sua natureza e alma. A mulher encanta pelas suas diferenças tão iguais, no fundo cada uma delas tenta ser diferente das outras, mas esquecem que a essência feminina é uma só. Um ser capaz de amar de maneira tão intensa, que se doa, se entrega, se abnega, se resigna, se desespera, por tal amor, que a faz perder o domínio da própria consciência. Amar todos os homens amam, mas o amor de mãe é um amor com instinto, é um amor impensado, e ao mesmo tempo um amor sereno.
Capazes de sentirem tanta dor, e de resistirem as de cunho emocional e físico; capazes de serem tão sedutoras e tão fáceis de serem seduzidas; tantas vezes fonte de inspiração, as mulheres tem uma alma quase moldada para fazer a arte, elas mesmas.
Os homens bem sabem (com excessão dos que ainda não se tornaram homens de verdade), o mistério que se esconde em uma mulher.
Previsíveis? Não caiam nesse erro, você só é capaz de prever assim com tanta certeza as reações que já conhece. As que nunca foram despertadas, essas, você pode querer nunca saber.


Diva Brito
09/03/2007