quarta-feira, 7 de fevereiro de 2007

NOTÍCIAS MUITO BOAS!!!!

Consegui minha primeira publicação.
Fruto de uma seleção no Concurso de Poesias do 2ºPrêmio Ebrahim Ramadan. Na página 63 do livro POESIAS BRASILEIRAS, vocês encontram o poema A menina e a poesia que eu fiz em homenagem a uma outra poetisa chamada Maíra Guedes. Esse poema você também encontra aqui no blog.

Abaixo está transcrito o texto que integra a presentação do livro:

Poesia é conhecimento, salvação, poder, abandono. Operação capaz de transformar o mundo, a atividade poética e revolucionária por natureza; exercício espiritual, é um método de libertação interior. A poesia revela este mundo, cria outro. Pão dos eleitos; alimento maldito. Isola; une. Convite à margem; regresso à terra natal. Inspiração, respiração, exercício muscular. Súplica ao vazio, diálogo com a ausência, é alimentada pelo tédio, pela angústia e pelo desespero. Oração, litania, epifania, presença. exorcismo, conjuro, magia. Sublimação, compreensão, condensação do inconsciente. Expressão histórica das raças, nações, classes. Nega a história: em seu seio resolvem-se todos os conflitos objetivos e o homem adquire, afinal, a consciência de ser algo mais que passagem. Experiência, sentimento, emoção, intuição, pensamento não-dirigido. Filha do acaso; fruto do cálculo. Arte de falar em forma superior; linguagem primitiva. Obediência ás regras; criação de outras. Imitação dos antigos, cópia do real, cópia de uma cópia de Idéia. Loucura, êxtase, logos. regresso à infância, coito, nostalgia do paraíso, do inferno, do limbo. Jogo, trabalho, atividade ascética. Confissão. Experiência inata. Visão, música, símbolo. Analogia: o poema é um caracol onde ressoa a música do mundo, e métricas e rima são apenas correpondências, ecos, de harmonia universal. Ensinamento, moral, exemplo, revelação, dança, diálogo, monólogo. Voz do povo, língua dos escolhidos, palavra do solitário. Pura e impura, sagrada e maldita, popular e minoritária, coletiva e pessoal, nua e vestida, falada, pintada, escrita, ostenta todas as faces, embora existe quem afirme que não tem nenhuma: o poema é uma máscara que oculta o vazio, bela prova da supérflua grandeza de toda obra humana.
Octavio Paz.
(tradução de Olga Savary)
Agradeço essa vitória à Deus pela inspiração, à meus amigos escritores, atores, músicos, jornalistas, que acompanham e incentivam meu trabalho, e ao meu namorado que será eternamente o meu "muso".