terça-feira, 20 de junho de 2006

POSSESSÃO

São bocas e barrigas que se confudem
Peitos e quadris que se embalam,
Como num vôo livre onde o sangue pulsa,
Ferve, dilata as veias e umedece as partes.

Cores que se cruzam
E olhos que me buscam com sua vividez,
Mãos que me visitam e me mostram
O seu desejo incessável e vulcânico.

E já possuída sem ser posse,
Não encontro mais o temor,
Que me assolava e aprisionava
Naquele abrigo que se desfez.

Inebriada por várias descobertas,
São novas sensações que me despertam
De um sono outrora trépido,
E me conduzem nesse passeio luxuoso.

Diva Brito